Imagine o mundo que você conhece sem as mulheres. Nem dá pra começar esse delírio, você não teria nascido. Pense seu mundo profissional sem as mulheres. Não dá pra brincar disso por mais que alguns segundos. Você não teria sequer começado. Nada. Pense em ruas, praças, praias, estações de metrô, escolas, cinemas, hospitais, bares, palcos, pias, panos, sem nós, mulheres. Conseguiu? Invisíveis ou menos visíveis do que o plano de fundo, nós estamos e somos em toda parte. Nós participamos de todos os anos. Nós também somos teu futuro. Parimos o mundo que você desenhou ao fechar os olhos. E esse que você vê de olhos abertos. Carregamos seus planos na bolsa. O mundo nas costas. A vida nas ancas. Nossos sonhos nos punhos. E ainda passamos batom, com a outra mão. Embalamos seus melhores sonos. Acudimos seus piores pesadelos. Enrolamos pães e brigadeiros. Fazemos bolo pra festas. Faxina por dia. Programa por hora. Projetos por área. Pé e mão por 40. Sonetos pro mar. Canções sobre o amor. Resolvemos seus enroscos, dramas, crises, dilemas, problemas, sofrências, pendências, carências, diligências, negligências. Pagamos suas dívidas históricas. Desenrolamos seus medos. Desvendamos segredos e lemos as notícias das estrelas do céu.
Parte I A Revolução Menstruada – por Natalia Nolli Sasso
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