Não posso dizer que não vivi

Declaro estar ciente dos últimos acontecimentos políticos e de origem sócio-pedagógicos, no Brasil. Como propagador de um diálogo aberto sobre sexualidade, me redimo de todos os erros cometidos nestes derradeiros tempos. Peço que todos aqueles que se dispuseram a tirar a sua roupa para a minha lente, coloquem-nas de volta. Pênis tapados e se possível enclausurados. Para aqueles que corromperam o pacto profissional e deixaram a pele demonstrar algo além do combinado, peço perdão. Sei que fui o responsável pelo estímulo despropositado baseado em uma pesquisa falha sobre as possibilidades cutâneas. Oro para os outros que infelizmente se envolveram, não só comigo, mas em todo o processo, e que além de uma coleção de fotos pagãs, ainda ficaram com seqüelas emocionais. E agora depois de tanto sexo, beijo na boca, livro publicado e histórias boas para contar e ilustrar, me vejo pronto para o caminho da cura.