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QUEM SÃO AS BRUXAS DE HOJE?

Ao analisarmos o contexto histórico da Idade Média, vemos que bruxas eram as parteiras, as enfermeiras e as assistentes. Conheciam e entendiam sobre o emprego de plantas medicinais para curar enfermidades e epidemias nas comunidades em que viviam e, conseqüentemente, eram portadoras de um elevado poder social. Estas mulheres eram, muitas vezes, a única possibilidade de atendimento médico para mulheres e pessoas pobres. As bruxas não surgiram espontaneamente, mas foram fruto de uma campanha de terror realizada pela classe dominante. Poucas dessas mulheres realmente pertenciam à bruxaria, porém, criou-se uma histeria generalizada na população, de forma que muitas das mulheres acusadas passavam a acreditar que eram mesmo bruxas e que possuíam um “pacto com o demônio”. O estereótipo das bruxas era caracterizado, principalmente, por mulheres de aparência não padrão ou com alguma deficiência física, idosas, mentalmente perturbadas, mas também por mulheres que haviam ferido o ego de poderosos ou que despertavam desejos em padres celibatários ou homens casados.