Gabriela

ELA É UM PRODUTO?

Existem diversas delas nas prateleiras. Cada uma foi concebida com um designer de embalagem criado para te atrair. Ora para ser prática e confortável, ora para ser suculenta e exótica. Algumas você come, chupa, engasga, e outras você apenas usa. E elas permanecem ali imóveis a espera de um comprador. Não dizem nada, apenas se oferecem em grupos. Para cada função existe dezenas de opções. E o perfil do comprador se mantém o mesmo. Se ele tem o dinheiro para pagar, pode levar quantas quiser, aproveitar de todo o consumo, ou simplesmente esquece-la, até a data de validade vencer. Ainda a mulher é alvo de negócio, mercado, taxada por preço popular. E o que todas gritam nas ruas, escolas, dentro de casa, é que elas NÃO são um produto. E você NÃO tem direito algum sobre elas. Ainda acreditamos que atitudes machistas são perecíveis. E para aqueles que insistem em manter a misoginia, vamos incendiar este supermercado.