Existiam oito fotos neste álbum, mas uma eu tive que tirar. Ele pediu exclusividade. Tirei a roupa nos lugares mais improváveis, e quando faço isso não é um exercício de exibicionismo. É a minha maneira de me comunicar com tudo que anda tão abafado, reprimido. Meu bumbum é caído. O que me salva na foto é a coxa grossa que dá a falsa ilusão de empinamento nato. Falo sobre o que é condicionado ou o que me é castrado. E o que eu quero é um amor vivido do tamanho das possibilidades que a minha pele oferece e menos do que a sociedade nos oprime a querer. E se eu te dei a foto, aquela no lugar mais íntimo, não é porque eu me reprimo em prol da possessão do outro, mas sim porque eu também pratico o privado. Tem coisas que é só para você e sempre será – já que também acredito no segredo eterno – e outras que servem justamente para falar sobre esses nossos desejos irrefreáveis e discutir com o coletivo. Te espero.
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