O que ele tem eu acho que não tenho. Ele tem mineirice e eu tenho escândalo. Ele tem olhos verdes, e eu vermelhos de pelos branquinhos. Ele é performático e eu sou amador. No meu livro ele apareceu como Ana, e no Sebastião dele surgirei com algum outro nome. Ele tem na curva um ar estabanado, pacífico, porém afoito – ilimitado. E eu respiro demais, penso demais, choro baixinho demais. Um dia tive que escolher alguém para representar meu ponto crítico, e então ele foi – só poderia ser ele. Sempre o encontro no meio de alguma criação, na casa de umbanda, no sagrado coração de Sebastião, ou entre colares, post its e laranjinhas. No final, no último ontem, depois de hoje, pensei e entreguei um livro para ele ler: eu sei que vou te amar. Quem sabe?
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