Acho difícil falar de esperança, porque ela é coisa boa. E é tão mais fácil falar de lamúrias, desamores e armadilhas, do que de fofuras para um futuro. Esperança é acreditar na morte das coisinhas vis de nossa vida ordinária. Esperança é pensar além dos amores falhos que se repetem, do dinheiro que não vem da mãe que não muda. O problema nem é de não querer, é claro que eu quero. Mas desejar o bem para mim mesmo, de maneira focada é um ato difícil. Além de não fazer parte da minha educação, não é nem da minha composição. Esperança é conseguir escrever rascunhos de ideias, sem citar uma passagem angustiada. Acho que não consegui dessa vez. A cor era verde, o tema era Amélie, o local Casa das Rosas.
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