Eu tiro a roupa facinho. E tem vários outros que eu conheço que também tiram. E eu não tiro a roupa porque sou naturista, e muito menos porque sou devasso. Eu não ligo se estou pelado na natureza, para justificar uma possível conexão, e nem no concreto, para flagrar perversões. Eu fico pelado porque tudo está chato demais, falso demais, cafona demais. E quando fotografo gente pelada, também tiro todas as minhas roupas de meias-palavras, meios-quereres. Chega de meia-bomba, se é para ficar pelado que seja transa transcendental, não mística, mas que ultrapasse. Ficar pelado é acreditar que você é muito mais do que a roupa que carrega. A cor era bege, o tema era Marilyn e o local era a praia.
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