Escova os dentes e segue para abrir a porta e depois abrir a outra porta e leva um susto. Ele ja estava lá antes de abrir a outra porta, sem permissão, só entrou. Não deu tempo de terminar o “oi tudo b…?” porque veio um beijo, antes de terminar o bem. Sabe aquela sequencia beijo, sexo oral, cunete, penetração e gozo.
Não foi bem assim, porque no meio surgiu um arrepio no suvaco, um pulular de gota de suor por muitos cantos, e ele queria sugar de volta o cuspe insistido na minha boca, queria soprar longe e reter de volta. Umas contrações de ossos com ossos que deixavam se afetar e um olhar que cruzava sem medo de ter que pedir em namoro. Deita nas minhas costas?
Deito, ajoelho, aperto os dentes na carne sem ir até o final porque o corpo ainda esta vivo, relacionado a essa existência. Mas aos poucos vai perdendo o contorno, e deixando de ter necessidade de saber as horas ou o que me da prazer. Você gosta de dar prazer, né? Fiquei com medo de responder, porque na tessitura da sociedade normativa isso muitas vezes quer dizer se abster, eu não estava me abstendo.
Eu estava trocando prazeres elétricos com as pontas do meu dedo arranhando sua próstata. Quase o metacarpo passou. Foi por pouco. Isso é um recorte minúsculo perto do que duas histórias cruzadas podem produzir. E o corpo vai sendo rasgado. Peço para que deixe sua púbis largada na cama para acarinhar seu escroto e pau mole quando eu quiser dormir. Mas ele não deixou.
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