Paixão-doença em repetição

Ele mesmo doente saia todas as noites. Nenhum mal de corpo iria frear suas histórias, boas para contador contar. Enquanto ele berrava no carro, em alta velocidade, ela no canto, tossia. Ele queria adrenalina, e era mestre em justificar todos os benefícios daquele torpor. E ela se desesperava porque novamente havia esquecido o lenço para limpar o nariz já carcomido. Ele e ela estavam indo para a mesma viagem. Os mais chegados e a parentada não aprovaram esta decisão, mas eles quiseram viver juntos, daquela maneira. Deu um aperto no peito e um pouco de dó no coração. E eles foram embora, sem um puto no bolso.