Os Reptilianos

Estava na praia e ele, louco de ácido, disse “vos sos un reptiliano” e, logo em seguida, deitou-se de costas para mim, desejoso e febril e eu o penetrei. Outra vez, em um ritual, um homem olhou para mim e disse “você é um dragão, você está pegando fogo”. No trabalho, ela me falou “eu percebi assim que você chegou, você é um reptiliano, precisamos marcar um almoço”. A serpente de luz já entrou em mim e dançou por entre as labaredas da chama que consumia a acácia em minha lareira, ela o levou para a inexistência, para o desespero e para os movimentos repetidos, pressionando-o contra o chão e o deslocando, como acontece com os répteis. Aqui, nós o penetramos, fudendo e fundindo um no outro através da escuridão, da luz, da serpente e do gozo.