Foi nesta casa. Sempre a mesma. Tomei o chá, golada única seguida de pedido de reencontro maternal. Balde próximo, gorfo constante, já não lembrava de quase nada. Quem é você? O que você me deu? Tomamos o chá de Ayahuasca, meu bem. Não existe mais segunda-feira, facebook, travesti, Linn da Quebrada, Daniel Guarda. Eles estão resolvendo uma pane no sistema. Existem muitos por aí desligando a chave da existência cotidiana, humana, precária. Sinto-me alimentado, sem necessidade de comer. E meus braços e pernas em um ritmo constante e acelerado emana energia para a máquina funcionar. Estou liberto do antes. Só me preocupo para que este novo estado não se limite a uma ansia eterna, um vomito desenfreado. Deu-se o bug. Escuto um choro ao fundo e vejo que ele existe neste plano, e que as divisões de uma semana também, intitulo como meu namorado, e um cachorro aparece. O pulso esta machucado pois existem paredes que atritavam com ele. A traquéia sente um estresse fundo. Vejo sobre o bug em cada um que chega, em cada corpo inseguro pelo outro, ansioso com o outro. A pele, o cenário, a cadeira, o pinto duro, flácido, livro, mínimo. Vamos analisar a fotografia do nu na contemporaneidade e o lugar de fala do homem branco cis e o crime de ser bloqueado na rede social. Colchão, almofada, domingo, dia de Natal. Você perdeu! O quê? Estava só brincando. Quem é você? O que você me deu?
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