Leo

COMO PROTAGONIZAR O QUE VOCÊ NÃO É?

Na ficção você pode ser rico e interpretar um pobre, ser bom e representar alguém de péssima moral, ser loiro e pintar o cabelo de ruivo. Enquanto campanhas, filmes e videoclipes acontecem, seres mais complexos do que personagens andam por aí a procura de representação. Negros lutam para conquistar espaços monopolizados pelos brancos. Atores cisgeneros são aclamados quando fazem bem um papel de um trans, mas muitas vezes a visibilidade maior é a capacidade de interpretação dele do que o que foi retratado. Enquanto travestis e transex continuam em uma margem nada glamourizada. Interpretes podem ser até baleias, cactos, mesas, em obras diversas. Mas quando você argumenta de que as pessoas enquanto reclamam e polemizam elas estão chamando atenção, você está deixando de ver como se dá isto, historicamente, socialmente. Pense menos nas suas incapacidades de lidar com a opinião alheia, e entenda o que é o protagonismo, senao a conversa fica reduzida a enredo raso de novela. Leo é um homem trans, protagonista da sua própria história.