VOCÊ SE SENTE A AMIGA DA MOCINHA DA NOVELA?
O homem tido como macho, a mulher recatada e do lar, os pares formados entre heterossexuais cisgêneros, a pele branca, o corpo malhado – todos estes exemplos são em infinitas ocasiões protagonistas, e para aqueles que não se enquadram nisto ficam na função de “amiga de mocinha da novela”. Estas só servem para escutar e perguntar, para não ficar tão declarado que no fundo é só um monólogo e quem realmente importa é a mocinha. Porém existem momentos onde por urgências sociais estas que foram obrigadas a ser as amigas tornam-se as protagonistas. Elas começam a falar sobre sua história, sobre as opressões sofridas e querem que suas questões reverberem. As vezes elas se parecem muito com a mocinha, e outras vezes não. Ela pode ser negra, lésbica, transgênero, gorda – e óbvio que dentro destes adjetivos cabem infinitas combinações. Mas estamos falando aqui sobre protagonismo, sobre o que autores/sociedade insistem em mostrar e excluir e principalmente em mocinhas que querem que tudo se revele pelo seu viés não deixando o outro ser dono e ter voz da sua própria história.
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