Eu tinha acabado de chegar do almoço de Natal, e o filho que não era de Edgar estava na sala. Minha vista ficou turva e eu caí. Ele veio me socorrer, mas eu não conseguia ficar mais em pé. Fechei os olhos e vi Edgar, ele era tão moço! Olhei suplicante para o menino. Nunca pedi nada a ele, mas dessa vez seria vida ou morte. Novo apagão. Estou dentro do carro, ancorada em seus braços, com uma dor no peito, que eu não sinto desde que ele me largou. O menino por algum motivo sabia que aquilo poderia ser o fim. Edgar me leva para dentro do pronto-socorro e o que era pontada no coração, vira derrame generalizado. E Edgar me ajuda a escorrer todo meu sangue da nuca até as pontas dos pés. Não sei se Edgar foi a morte, mas sei que a partir das histórias não vividas que eu comecei a padecer. O menino se despediu de mim 8 vezes.
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