Sabe aquelas pessoas ridículas que não desgrudam do celular e por isso acabam caindo no meio da rua, de quatro, porque não viram um desnível? Enfim, eu caí, ralei um joelho e torci um tornozelo. Fiquei um tempo caído no chão, e uma moça veio me perguntar se eu conhecia tal rua. Eu não conhecia a rua e ela continuou perdida. Fui ao Sonda lavei o sangue do joelho e almocei. Fui à casa de uma amiga e a fotografei, encharcada com água de mangueira. Estava muito quente e ainda mancava um pouco. Fomos ao shopping jantar. Ela não podia comer hambúrguer e mesmo assim comeu. Eu não podia comer doce e mesmo assim comi um sorvete com nutella e amêndoas e calda de frutas vermelhas. No fim do dia não conseguia mais colocar o pé no chão. Fui para o hospital e minha amiga disse para eu chorar para ser atendido mais rapidamente. Não foi difícil. Em 2009 neste mesmo hospital neste mesmo dia minha mãe estava falecendo aos poucos. Sentado em uma cadeira de rodas fiz um tour emocional por lembranças abafadas. O moço me deu uma injeção na bunda, daí a dor acalmou.
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