Cure-me, Baby!

Cure-me, baby! Dê-me alguma injeção letal para não ter que aguentar estes homens, batendo na minha porta, querendo meu segredo, dentro da minha calcinha. Tira-me dessa, kid, dessa vida ordinária de homens querendo meu plus, meu delírio, minha sandice, e agradecendo pelas experiências proporcionadas. Ontem um japonês de 1,50 veio em casa. Ele não queria só Lulu – ele queria ser Lulu. Sem ele pedir muito, tirei minha peruca e dei pra ele. Ele era a mulher nipônica, a devassinha, mas depois que ele passou o gel nos cabelos finos, ele concordou com o Feliciano. O sexo é uma praga, que perturba. Arranque-me daqui, my boy! Eles têm medo de mim, sou bomba atômica, galera enlouquecida. Eles me usam, me estupram, fazem graça de mim, e eu fico só com a bosta da Geni. Feliciano, te amo, porque você me entende – fala a mesma língua. Nosso corpo é frágil demais, então já que não tem solução, mate o finzinho de pele saudável que ainda me resta. E viva o amor e o ódio entre os sexos opostos.