Amor de Paintbrush

É óbvio que o começo é muito mais gostoso. Aquele dia que você não dava nada, mas que se transformou no dia do começo de tudo. Quando ele deixou o telefone escrito em um pedaço de papel. Ou quando ele esbarrou na esquina da Augusta com você. Ou quando ele viu sua peça e mostrou interesse para amiga. Ou simplesmente ele ficou catatônico e você disse: Volta! Sem querer me vi desenhando no paintbrush. A canetinha é instável, não faz linha reta e as cores são tão primárias. Fiquei com apertinho, lembrando dos dias que eu não dava nada e que se transformou no fim de tudo. Quando recusei de ir com ele no motel. Quando ele se despediu dentro do meu quarto. Quando joguei tudo no chão, chorando, embaixo do Minhocão. Ou quando simplesmente ele não mais voltou. Vivo tentando desenhar, como a primeira vez, mas quase sempre os desenhos que você não dá nada, realmente não valem nada.