Na noite paulistana. Um cara veio e me disse: Sabe o que tenho vontade de fazer contigo? Eu disse que não. E ele completou: vontade de te dar um soco! E eu disse: pode dar. Ele acertou em cheio meu olho. Mesmo que eu nunca tivesse brigado na vida, joguei aquele cara no chão e todos meus metacarpos atritaram com os ossos da face dele. Óbvio que os amigos separaram, que o segurança também veio e que fui expulso da balada. Não é permitido demonstrações de guerra em lugares para divertimento. Mais tarde vi meu ex-namorado, que eu não me entendo mais, saindo do local. Não sei se o cara foi mandado por ele, ou se o cara era ele, ou se até eu já tinha namorado o cara. Eu não estava sóbrio. Só sei que naquela noite decidi bater, no lugar de apanhar. E finalmente resolvi desistir. Não vem com essa de que você me ama, que fui importante para sua vida, e babaquices para me prender a você eternamente. Agora eu sou livre, com cicatrizes dos seus murros, com o olhar bêbado das noites sozinhas, mas definitivamente sem você e o peso que a nossa história carrega. Agora fica esperto, senão eu te arrebento!
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