É uma chatice ser príncipe. Talvez diga isso porque não sou e ele é. Ele é chamado príncipe pelas ações benevolentes, pela pele aristocrática e pela conexão com os animais. Ele conversa com os pernilongos e eles não o picam. E eu nem cogito a possibilidade deste diálogo. Sou plebeu demais, no máximo falo com os porcos. Ele modela seus cachos e desliza produtos para suavizar suas marcas de expressão. Enquanto eu não identifico a diferença das minhas veias estouradas com os cravos no meu nariz. E se desenho essa história desta maneira, não é para nos tornar caricaturas. É só para provocar príncipes, que querem renunciar o seu cargo, e viver não só de luz, mas em companhia de feios, sujos e malvados. Te quero sem estrutura, enlouquecido, e mandando as favas qualquer caixa que te caiba. Depois da queda o que te sobrará é um mundo infinitamente maior.
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