Quando sonhamos e lembramos do nosso sonho quando acordados, tentamos interpretá-los. Mas sempre preferi vislumbrar o sonho como algo do lado de lá, esquecendo todas as nomenclaturas daqui. Quando dividimos uma mesma cama, cada um está encapsulado na sua própria viagem cósmica, porém vez ou outra pele com pele se encosta, uma mão que acaricia te lembra que nesta noite estamos aqui, dois, compartilhando uma mesma levitação. Existe o dormir junto acostumado, já entregue a confiança alheia, como a do cachorro. E existe o dormir junto de um novo reconhecimento, de um pedido de permissão por sonhar junto.
retratado: Ayrton
You must be logged in to post a comment.